Este é o local onde Armindo Coelho de Moura foi abatido. Na manhã seguinte, era grande o corropio de lisboetas que queriam ver o local da tragédia, como se vê na foto da época, em baixo. Em 1924, a R. Serpa Pinto passaria a chamar-se R. Leva da Morte, mais tarde R. 16 de Outubro, retomando a designação de Serpa Pinto em 1937. | |
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Local da morte de Armindo Coelho de Moura
Nota oficiosa
Publicada no DN a 17 de Outubro de 1918.
«Hontem à noite, pelas 21 horas, saiu do Governo Civil, com destino à estação do Cais do Sodré, uma força de 240 guardas, devidamente comandada, que ia incumbida da condução e escolta de 153 presos políticos destinados aos calabouços dos fortes do Campo Entrincheirado. Tomadas as necessárias precauções, a coluna pôs-se em marcha precedida de um pelotão, como guarda avançada, e seguida de um outro, como guarda de retaguarda. Ao voltar da Rua de Serpa Pinto para a Rua do Ferragial de Baixo, foi a força atingida por bombas e tiros, que partiram de ambos os lados do cruzamento daquelas ruas e de algumas janelas dos prédios próximos, ao mesmo tempo que alguns presos, de entre estes o visconde da Ribeira Brava, atacavam os guardas e se punham em fuga, matando um daqueles e ferindo muitos outros e os chefes comandantes da guarda avançada e da coluna que conduzia os presos.
Imediatamente uma parte da força rompeu fogo contra os grupos assaltantes e vários presos que debandaram, deixando estendidos alguns, ao mesmo tempo que os outros guardas faziam recolher ao Ginásio Clube e à garagem do Governo Civil os presos restantes.
Da polícia ficou um morto e feridos, na sua maior parte por estilhaços de bombas, os chefes Alves, Dias e Couto e 29 guardas; dos assaltantes foram mortos 6, dos quais já estão reconhecidos o visconde da Ribeira Brava e Armindo Coelho de Moura, ex-agente da investigação, e receberam ferimentos, alguns de gravidade, 31 civis.»
«Hontem à noite, pelas 21 horas, saiu do Governo Civil, com destino à estação do Cais do Sodré, uma força de 240 guardas, devidamente comandada, que ia incumbida da condução e escolta de 153 presos políticos destinados aos calabouços dos fortes do Campo Entrincheirado. Tomadas as necessárias precauções, a coluna pôs-se em marcha precedida de um pelotão, como guarda avançada, e seguida de um outro, como guarda de retaguarda. Ao voltar da Rua de Serpa Pinto para a Rua do Ferragial de Baixo, foi a força atingida por bombas e tiros, que partiram de ambos os lados do cruzamento daquelas ruas e de algumas janelas dos prédios próximos, ao mesmo tempo que alguns presos, de entre estes o visconde da Ribeira Brava, atacavam os guardas e se punham em fuga, matando um daqueles e ferindo muitos outros e os chefes comandantes da guarda avançada e da coluna que conduzia os presos.
Imediatamente uma parte da força rompeu fogo contra os grupos assaltantes e vários presos que debandaram, deixando estendidos alguns, ao mesmo tempo que os outros guardas faziam recolher ao Ginásio Clube e à garagem do Governo Civil os presos restantes.
Da polícia ficou um morto e feridos, na sua maior parte por estilhaços de bombas, os chefes Alves, Dias e Couto e 29 guardas; dos assaltantes foram mortos 6, dos quais já estão reconhecidos o visconde da Ribeira Brava e Armindo Coelho de Moura, ex-agente da investigação, e receberam ferimentos, alguns de gravidade, 31 civis.»